sexta-feira, 27 de abril de 2012

Boas razões para sermos carnívoros.

Muitas vezes, quando as pessoas vão ao nutricionista, acham que vão ser proibidas de comer carnes, principalmente as vermelhas.  Mas não. Elas são ricas em nutrientes essenciais à saúde. Vamos falar de cada tipo de carne e suas especificidades.

Carne bovina: quando pensamos em carne, já vem logo uma suculenta picanha à nossa cabeça. A carne de novilhas (nome das vacas jovens que normalmente têm a carne mais macia), por ser rica em gordura, é retirada do cardápio de pessoas que buscam uma alimentação saudável. Mas existem cortes magros, que são riquíssimos em ferro, zinco e vitamina B12, entre outros nutrientes essenciais. Além disso, para praticantes de atividade física, a carne vermelha é riquíssima em creatina.

Carne de frango e outras aves: o preconceito contra o frango se deve ao seu alto teor de colesterol. No entanto, se consumimos as partes magras (como peito) e cortes sem pele, sempre teremos uma fonte de proteína de ótima qualidade e saudável. No que diz respeito a cortes como a sobrecoxa, devemos tomar cuidado: mesmo retirando a pele, esse corte é riquíssimo em gorduras e deve ser consumido com muita moderação. O avestruz vem sendo relatado como boa opção de carne muito suculenta e magra.

Carne de peixe: apesar dos peixes serem raros no prato da população brasileira (exceto no Norte e no Nordeste), eles são fontes de uma gordura essencial ao nosso organismo: as poli-insaturadas ômega-3. Eles devem fazer parte do cardápio pelo menos duas vezes por semana. Além disso, são ricos em vitamina D e colina. Prefira os assados e grelhados.

Carne de porco: existem muito preconceito contra esse tipo de carne, que é relatada com sendo a que possui o maior teor de gordura. Mas tudo depende do corte: um lombo suíno possui muito menos gordura do que a sobrecoxa de frango, portanto pode e deve fazer parte das refeições.

Carne de capivara, javali, cabrito, veado e todos os outros tipos de carnes podem entrar como parte de uma alimentação saudável.

Alguns lembretes são importantes: sempre prefira as porções mais magras e retire toda a gordura antes do preparo. Isso vai evitar a sua incorporação na porção que você irá consumir. Embora a carne faça parte de uma alimentação saudável, o seu consumo em excesso está relacionado ao aumento do fator de riscos de várias doenças. A ingestão deve ser controlada, e aqui vale a recomendação de sempre: o bife ideal deve ter o tamanho da palma de sua mão (sem os dedos). E não vale repetir a porção!
Também é importante lembrar que pessoas com algum problema renal, hepático, cardíaco ou dislipidemias (alteração do colesterol e triglicerídeos sanguíneos) devem consultar um nutricionista para serem orientados individualmente.

Fontes: Lenycia Neri, nutricionista do Hospital das Clínicas. Diretora da Nutri4Life Consultoria em Nutrição.
Revista Sport Life.

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