
Prática, modalidade ou esporte? Nem os traceurs - como são chamados os praticantes - sabem como dizer em que categoria ele se encontra e costumam responder categoricamente: "parkour é parkour!". Mistura de equilíbrio, escaladas, saltos e espetáculo, o parkour não é exatamente fácil. Ao contrário, requer horas e horas de treinamento, o que significa que, no começo, não será possível fugir das quedas. Cada manobra é quase uma superação sobre o obstáculo. "Como a ideia é deslocar-se de um ponto a outro de forma mais rápida e fluente possível usando apenas o corpo e sempre preservando a integridade física, nenhum obstáculo pode impossibilitar o praticante de seguir adiante em seu percurso", explica Lucas Ribeiro de Lima, praticante há 6 anos e cofundador do curitibano Grupo de Aulas de Parkour (GAP). Sendo assim, um bom traceur se move com fluidez e deve ser capaz de avançar sem que nada o detenha. O lema desses homens-aranhas é: ser e durar. E isso resume a filosofia do parkour: superar-se a cada dia e não se colocar em perigo.
Não exite competição no parkour. As habilidades e a evolução são demonstradas "na real", isto é, na rua. Elege-se um itinerário e cada um o completa do seu jeito. Não há regras. Só o espirito de autossuperação. "O parkour defende uma filosofia não competitiva, onde apenas os próprios limites devem ser levados em conta e não o limite do outro", diz Wainer.
Começe a Praticar!
Para fazer os primeiros movimentos, é preciso, antes de mais nada, paciência, determinação e disciplina. "A evolução é gradual e a prudência essencial, afinal, é muito fácil confundir os princípios do parkour com a busca de adrenalina e de perigo, em vez de evoluir com segurança", lembra Wainer.
Você não precisa de nenhum equipamento especial para praticá-lo, pois a ideia da modalidade é justamente trabalhar as possibilidades do corpo e saber lidar com ele sem o uso de acessórios. "É comum pensarem que é preciso usar um tênis com bastante amortecimento. Além de não ser verdade, pode ser prejudicial, porque 'molas' diminuem a sensibilidade dos pés e atrapalham o equilíbrio", alerta. Meias também não são aconselhadas, assim, como gorros ou complementos que podem atrapalhar ou se perderem durante a prática. "Luvas e outros tipos de proteções podem até parecer úteis no começo, mas acabam limitando os movimentos e dando um ilusão de segurança", conta Lima.
O importante é procurar diferentes lugares para treinar. "No plano de Brasília, por exemplo, as pessoas desenvolvem mais força por falta de obstáculos altos e técnicos. Nos morros e muros de São Paulo, os praticantes tendenm a treinar a altura dos passos. Nas cidades litorâneas, os traceurs acabam por misturar parkour com acrobacias por conta da areia da praia", analisa Wainer.

Onde tudo começou?
Foi o francês David Belle, um dos precursores da prática que deu o nome parkour para a modalidade. Ele começou a movimentar-se dessa maneira influenciado pelo pai, Raymond, que foi treinado com um "método natural" de educação física no Vietnã, onde lutou na guerra. Vendo o pai, David aplicou a técnica na cidade onde morava e, depois de quase 20 anos de treino, ficou conhecido por suas façanhas. Foi por causa dele, também, que o parkour veio para o Brasil. Em meados de 2004, os vídeos de David começaram a "pipocar" na internet. Alguns brasileiros que viram as imagens passaram, então, a imitá-lo.
Lembrando que mulheres também podem praticar parkour. E elas tem tudo para arrasar nas manobras tanto quanto os homens! ;)
Fonte: revista Sport Life, parceira da Axxium.
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